Empresas e agências avaliam efeitos da crise econômica na saúde privada

Congresso da ABRAMED/ICOS reuniu representantes do setor para abordar dificuldades e soluções

23 Nov, 2016

Processos regulatórios, terceirização, remuneração de procedimentos, tendências e expectativas foram os temas que marcaram o primeiro Congresso da ABRAMED/ICOS (Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica / Instituto Coalizão Saúde), em São Paulo, e colocaram na mesma mesa as principais lideranças da saúde privada, executivos de  empresas do setor e autoridades da Anvisa e Agência Nacional de Saúde (ANS).

Os trabalhos foram abertos pela presidente da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica, dra. Claudia Cohn, e pelo prof. Giovanni Guido Cerri, representando o ICOS. Convidados internacionais falaram sobre suas experiências, e os palestrantes analisaram os reflexos da crise econômica na saúde, e a quebra de paradigmas que estão repercutindo na saúde financeira dos hospitais, clínicas e serviços na área do diagnóstico. Dividido em quatro módulos, moderados pelo jornalista Ricardo Boechat, o evento  mostrou que o momento é de união.

“O objetivo foi aproveitar a presença de tantas lideranças para estimular a reflexão sobre os desafios do setor, como também propor linhas de atuação. É um diálogo aberto, pois todos almejam o crescimento”, enfatizou Claudia Cohn.

O setor produtivo e as agências regulatórias reuniram-se com o objetivo de mostrar o trabalho de cada uma e suas expectativas, a exemplo da tramitação no Congresso do projeto de lei que define com mais clareza as competências das agências e restabelece a autonomia em relação aos ministérios.

“A regulação tem que existir de forma equilibrada, ser dialogada e construída com o setor. Não adianta impor. Mas, se você deixar o setor sem regulação, qual a garantia? Por isso é que atuamos para a criação de uma agenda mínima de consenso para reduzir os custos assistenciais desnecessários, combatendo o desperdício, as fraudes, os modelos de remuneração inadequados e a judicializacão do segmento,  observou o presidente da Agência Nacional de Saúde, José Carlos Abrahão.

 

Efeitos da crise econômica

Francisco Balestrin, presidente da Anaph (Associação Nacional de Hospitais Privados), analisou os reflexos da crise nas operadoras de saúde e suas consequências para os hospitais e serviços de diagnósticos, com a redução das margens operacionais dos hospitais. “A receita líquida por paciente-dia aumentou 3,5%, ao passo que a despesa por paciente-dia subiu 9,4%, no mesmo período”, afirmou.

A tributação é uma das principais razões dos altos gastos, já que os valores de produtos e equipamentos utilizados levam em sua composição um percentual elevado de taxas. Estudos indicam que impostos municipais, estaduais e federais acabam representando um terço do valor do serviço ou produto médico-hospitalar. Como manter uma empresa sustentável com uma carga tributária tão alta? – questionaram Claudio Lottenberg,  presidente do ICOS; o CEO do Hospital Sirio Libanês, Paulo Chapchap; e a CEO da Beneficiência Portuguesa de São Paulo, Denise Soares dos Santos.

Na avaliação dos objetivos e expectativas para os próximos cinco anos, os executivos Armando Costa, CEO da Siemens, e Daurio Speranzini, da GE Healhtcare, ponderaram que o momento exige integração em todos os segmentos, na busca de caminhos que ajudem a superar a crise.

 

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