Estudo avalia risco de morte entre radiologistas pelo uso da radiação

Pesquisa teve amostra de 100 mil médicos nos EUA e considerou todas as causas de morte

19 Jul, 2016

 

Pesquisadores do Instituto Nacional do Câncer, nos Estados Unidos, concluíram que radiologistas em atuação depois do ano de 1940 não têm maior risco de mortalidade em comparação a médicos de outras especialidades pela exposição à radiação. O resultado, consideraram os investigadores, mostra os esforços de longo prazo para reduzir os riscos da radiação ocupacional.

Para realizar a pesquisa, a equipe do Instituto Nacional do Câncer comparou os dados de mortalidade dos radiologistas com os dos psiquiatras – já que os últimos não são susceptíveis a experimentar a exposição à radiação relacionada com o trabalho.  A amostra foi de 100 mil indivíduos e consideraram-se todas as causas de morte, gerais e específicas, a exemplo do câncer. Tais características são pontos fortes do estudo, um dos mais abrangentes já realizados no mundo. Os resultados mostraram que os radiologistas não só não tinham mortalidade associada a riscos de radiação, como mantinham melhores condições de saúde em geral na comparação com psiquiatras. A pesquisa foi divulgada pelo portal especializado em radiologa AuntMinnie.com.

A equipe que realizou o estudo argumentou que a avaliação dos padrões de mortalidade em radiologistas pode contribuir para uma melhor compreensão dos efeitos a longo prazo das radiações de baixa intensidade prolongada.  A margem de confiança da pesquisa foi de 95%  para todas as causas de morte. Os números indicam que o risco relativo de mortalidade para radiologistas caiu com o passar do tempo na amostra analisada. A menor taxa de doença pulmonar obstrutiva crônica entre estes especialistas sugeriu que fumavam menos do que os psiquiatras.

Os radiologistas tiveram menor risco de morte por todas as causas, exceto para leucemia mielóide aguda e/ou síndrome mielodisplásica, melanoma e linfoma não-Hodgkin entre aqueles que se formaram antes de 1940. Os pesquisadores explicaram que o resultado se deve ao fato de que, naquele período, as exposições à radiação teriam sido mais elevadas. Os radiologistas que se formaram antes de 1940 também tiveram um aumento do risco de morte por acidente vascular cerebral, o que poderia estar relacionado com a sua exposição à radiação.

No relatório, a equipe de pesquisadores destacou que foi realizado um acompanhamento sistemático dos casos por meio de um grande número de fontes de dados. No entanto, não havia como saber se os médicos que fizeram parte da amostra do estudo ainda atuam e qual o seu atual estilo de vida. 

"Nossas descobertas indicam que as práticas de segurança em vigor para o uso da radiação médica nos Estados Unidos são bem sucedidas em controlar as exposições de forma a minimizar os riscos de câncer. Existem alguns grupos de especialistas, no entanto,  em que a exposição à radiação vem aumentando, incluindo cardiologistas e técnicos de medicina nuclear. Um estudo mais aprofundado destes casos é necessário”, esclareceu Berrington de González, da equipe responsável pela pesquisa. 

Na América Latina, um programa de informações para proteção radiológica e redução de dose de radiação está em desenvolvimento. Trata-se do LatinSafe, cujas campanhas pretendem gerar, por meio da educação, consciência em médicos, técnicos e a população sobre a importância das melhores práticas no diagnóstico por imagem. O lançamento oficial do LatinSafe no Brasil foi realizado durante a Jornada Paulista de Radiologia 2016.

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