Exame promete avaliação mais precisa nos casos de lesão na virilha
Um estudo recomenda o uso de MRI para o diagnóstico de dor aguda em atletas
Uma nova abordagem de avaliação das lesões na virilha de atletas baseada em MRI apresenta bons resultados e pode ajudar a melhorar a confiança do médico no diagnóstico do problema, de acordo com estudo publicado pelo jornal European Radiology e divulgado pelo portal AuntMinnie.com.
Para realizar o levantamento, foram feitos exames de ressonância magnética em um grupo de atletas de acordo com um protocolo padronizado, e um sistema foi desenvolvido para avaliar determinadas características. A equipe concluiu que os resultados do estudo fornecem uma base sólida para uma validação adicional em relação às variáveis de ressonância magnética, o que pode determinar os parâmetros mais relevantes a serem incluídos na geração dos relatórios. Além disso, será possível potencialmente simplificar e substancialmente encurtar o tempo necessário para a avaliação da lesão.
Os pesquisadores foram liderados pelo dr. Andreas Serner, do Aspetar, hospital de ortopedia e medicina esportiva em Doha, no Qatar, e pelo dr. Frank Roemer, do departamento de radiologia da Universidade de Erlangen-Nuremberg, na Alemanha.
Os investigadores recolheram imagens de RM de um sistema de 1,5 tesla, e foram examinados 75 atletas do sexo masculino com idades entre 18 e 40 anos que participavam de competições e apresentavam queixas de dor aguda na virilha há no máximo sete dias.
O protocolo
Comuns em atletas que praticam esportes como o futebol, as lesões na virilha representam até 19% do total de casos desse tipo em esportistas, de acordo com os pesquisadores. A partir do estudo, foi desenvolvida uma abordagem de avaliação multidimensional detalhada que se concentra em lesões músculo-tendinosas, além da classificação e extensão da lesão, entre outros dados.
No protocolo, os pesquisadores incluíram a localização e extensão das tensões musculares, hematoma perilesional e outros resultados comumente associados com dor na virilha. Foram avaliados, entre outros, os músculos do grupo adutor, o reto femoral, o reto abdominal, o músculo da coxa e o vasto medial.
Nos 75 atletas, os pesquisadores encontraram 85 lesões musculares agudas diferentes utilizando o MRI. O músculo mais afetado foi o adutor longo, com 42,7% dos casos, seguido pelo reto femoral (16,3%).
"A reprodutibilidade quase perfeita quanto à presença ou ausência de lesões agudas, bem como a localização específica dos músculos, nos dá a confiança de que, se um médico clínico não está certo sobre o local exato da lesão, a avaliação de MRI, se realizada por um radiologista experiente, irá fornecer uma análise mais detalhada e decisiva", escreveram os pesquisadores no relatório. (fonte AuntMinnie)
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