Inteligência artificial transforma o papel do radiologista

Especialistas apontam que os algoritmos de máquina vão assumir 80% das atividades na radiologia

20 Jan, 2017

Saúde digital foi o tema da conferência anual do J.P. Morgan Healthcare, na semana passada, em São Francisco, nos Estados Unidos, onde conferencistas debateram o futuro da tecnologia nas ações médicas e concluíram que o uso da inteligência artificial em serviços de saúde não é um  simples alarde publicitário.

Para Deborah DiSanzo, diretora geral da IBM Watson Health, que apresentou a visão de sua empresa na conferência em São Francisco, realizada de 9 a 11 de janeiro, e Vinod Khosla, fundador da empresa de investimentos Khosla Ventures, em conferência por satélite, essas conquistas já são uma realidade.

Como enfatizou a executiva, a IBM Watson Health, com a aquisição da Merge Healthcare, acumulou um vasto volume de dados de diagnóstico por imagem – 30 bilhões, mais exatamente – e está colocando o poder de aprendizado de máquina para funcionar.

Em uma sessão de perguntas e respostas após sua apresentação, Deborah DiSanzo explicou que a tecnologia IBM Watson pode realmente definir prioridades na escolha das imagens em um exame de TC, por exemplo, e dizer aos radiologistas quais imagens ele deve ver primeiro, sem perder tempo com as  imagens nas quais não há nada. Além disso, a tecnologia também pode incorporar dados de texto não estruturados de um arquivo eletrônico de saúde, de modo a oferecer contexto e suporte à tomada de decisões para os radiologistas. “Fundamentalmente, isto ajudará os radiologistas a trabalhar mais rápido”, declarou a executiva.

O tema provocou reações na plateia em São Francisco e também no último Congresso da RSNA em Chicago, no final de 2016, com um movimento de rejeição por parte de médicos e radiologistas, que desconhecem o potencial concreto de intervenção tecnológica na emissão dos laudos.

Para ilustrar a situação,  Deborah  DiSanzo na conferência da RSNA em 2016, já houve uma mudança em relação a 2015, quando a inteligência artificial começou a ser apresentada. Com o tema Eyes of Watson, a tecnologia da empresa foi demonstrada no Centro de Aprendizado da RSNA’2016, e os radiologistas puderam observar, interagir com a máquina e avaliar todo o potencial dessa tecnologia, “reconhecendo que este avanço pode ajudar e mudar dramaticamente o fluxo de trabalho”.

Já Vinod Khosla, ao analisar o poder das máquinas, em um encontro sobre startup, também em São Francisco, foi mais enfático ao afirmar que os algoritmos de máquina vão assumir 80% das atividades na radiologia, e a preocupação é “qual será o papel do especialista”. Sua empresa, Khosla Ventures, investiu na startup médica israelense Zebra Medical Vision, que dá um passo a frente e busca ensinar computadores a ler imagens médicas, e a diagnosticá-las também.

Conhecendo os limites e as possibilidades da tecnologia, a IBM através de sua executiva Deborah DiSanzo,  não fala em substituir o médico, e coloca  a capacidade de aprendizado de máquina como um recurso a mais, “como uma inteligência aumentada. Uma parceria entre a máquina e o médico”, concluiu. Ficou claro, no entanto, no encontro em São Francisco, que o futuro da radiologia como a conhecemos vai mudar. Com informações do J.P. Morgan Healthcare.

 

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