Setor de produtos para saúde tem retração de 13,9% no ano

Crise econômica e instabilidade política são apontadas como responsáveis pelo resultado

15 Dez, 2016

 “A tecnologia desempenhou papel fundamental em vários momentos, mas é muito importante que seja usada de maneira adequada e sem desperdícios. Na área da saúde identificamos, em geral, a falta de recursos quando, muitas vezes, o recurso é usado de maneira imprópria”. A afirmação é de Claudio Lottenberg, presidente do conselho do Instituto de Coalização e do Conselho Administrativo do Hospital Israelita Albert Einstein, em conferência na ABIMED (Associação Brasileira da Indústria de Alta Tecnologia de Produtos para Saúde), durante ato que marcou os 20 anos da entidade, em São Paulo (SP). 

Preocupado com aspectos fundamentais na relação médico-paciente, como qualidade e produtividade, o executivo enfatizou os reflexos da crise econômica no setor, a necessidade de uma revisão de metas e, principalmente, de sustentabilidade. 

O setor de produtos para a saúde teve retração de 13,9% no consumo aparente de janeiro a outubro deste ano, na comparação com igual período do ano anterior, e deve fechar 2016 com um faturamento ao redor de U$ 9 bilhões. Nos últimos 12 meses, a queda foi de 14,8%. De acordo com a ABIMED, o setor, que até 2014 crescia ao redor de dois dígitos, apresentou neste ano queda em todos os parâmetros avaliados. A produção encolheu 13,9% enquanto as vendas recuaram 1,1%. Em função da oscilação do dólar, as importações caíram 12,7% e também as exportações foram 22,4% menores.

 

Claudio Lottenberg  Foto: Divulgação

 

 

Segundo Carlos Goulart, presidente executivo da ABIMED, o desempenho foi afetado por um conjunto de fatores decorrentes da crise econômica e da instabilidade política. “A recessão reduziu a alocação de recursos públicos e privados para a área da saúde. Com a arrecadação em queda, o setor público dirigiu seus recursos para custeio e não para novos investimentos. O setor privado agiu com cautela em função da instabilidade política e econômica. Além disso, foi fortemente impactado pela diminuição no número de beneficiários de planos de saúde, causada pelo desemprego, que transferiu a demanda de saúde para o SUS e para serviços de atendimento médico a custos mais baixos”, afirmou Carlos Goulart.

A ABIMED entende que esses novos modelos de assistência que despontaram no país contribuíram para amortizar um pouco a queda do setor, mas não foram relevantes o suficiente para melhorar o desempenho. Além disso, pesou nos resultados a instabilidade do câmbio, que afetou tanto as importações quanto as exportações.  

Goulart ressaltou que as empresas trabalham com a perspectiva de que haverá uma pequena recuperação em 2017, considerando-se que a demanda de saúde tende a aumentar em função do envelhecimento da população e que, mesmo hoje, ela não é plenamente atendida pelo sistema de saúde. “Levando-se em conta que a economia não reagiu no prazo e na proporção esperados, os fatores que provocaram queda no setor de produtos para saúde este ano devem se manter em 2017. No entanto, acreditamos que os resultados serão um pouco melhores”, explicou. Com informações da ABIMED.

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