Tomossíntese mamária aumenta a detecção do câncer de mama em 30%

Com o exame, em 3D, é possível avaliar a mama em diversas ‘fatias’, permitindo uma avaliação mais eficaz dando destaque aos nódulos e outras alterações.

26 Jun, 2018

A tomossíntese é considerada um avanço tecnológico e aumenta em pelo menos 30%, em relação a mamografia, as chances de identificação de cânceres, particularmente os tumores invasivos em mamas densas e heterogêneas. A identificação de nódulos nas mamas densas é uma limitação da mamografia digital convencional e muitas vezes, as lesões ficam ocultas. A visualização da mama na tomossíntese é tridimensional (3D), sendo fornecidas imagens espaçadas de 1mm de espessura e reconstruídas com métodos semelhantes ao da reconstrução da tomografia computadorizada. O diagnóstico precoce do câncer de mama ainda é um dos maiores aliados na cura da doença. Para tal existem diversos exames que podem ser realizados, como o autoexame, a mamografia e também a tomossíntese mamária. O rastreamento do câncer de mama deve ser feito periodicamente, de acordo com a indicação do médico, permitindo identificar lesões menores e iniciar um tratamento mais rapidamente. 

Devido à fina espessura das diversas imagens adquiridas, elas são muito mais detalhadas, possibilitando a identificação de tumores mais facilmente. Evita-se ainda que eles sejam confundidos com a sobreposição de estruturas glandulares, o que pode provocar falsos positivos. As imagens são capturadas de diferentes ângulos, para que as estruturas mamárias fiquem mais visíveis. O exame é combinado à mamografia, sendo as imagens adquiridas no mesmo posicionamento e compressão das mamas. Por se tratar de um exame recente, e que utiliza tecnologia avançada, ele propicia diversos benefícios para as pacientes.

De acordo com a médica radiologista e especialista em mama do Centro de Diagnóstico por Imagem do HCor (Hospital do Coração), Dra. Caroline Skaf, uma das principais vantagens da tomossíntese refere-se à redução na sobreposição do tecido fibroglandular, o que facilita o diagnóstico do câncer de mama. “A mamografia digital convencional somada à tecnologia 3D, faz com que o especialista consiga ter uma visão mais precisa da lesão, sendo as margens bem caracterizadas e, consequentemente, reduz a necessidade de incidências adicionais para a sua análise. Além do benefício se estender a todas as pacientes, ele é particularmente interessante para mulheres que possuem a mama mais densa, nas quais a visualização dos tumores pode ser comprometida, quando comparados à exames realizados com a mamografia isolada”, esclarece Dra. Caroline Skaf.

Diferenciais e benefícios

Um dos grandes benefícios do exame de tomossíntese mamária, além da maior taxa de detecção do câncer de mama é aumentar as chances de cura da paciente, além de reduzir a taxa de reconvocação das pacientes para incidências complementares. “A identificação de nódulos nas mamas densas é uma limitação da mamografia digital convencional. Muitas vezes, as lesões ficam ocultas. Com o exame em 3D, conseguimos avaliar a mama em diversas ‘fatias’ e isso nos permite uma avaliação mais eficaz, reduzindo a sobreposição de estruturas glandulares e dando destaque aos nódulos e outras alterações”, explica a radiologista do HCor.

Tomossíntese mamária

É um equipamento semelhante a um mamógrafo, que possui um tubo de raio-x, que fornece várias imagens bidimensionais em diversos ângulos da mama. Assim, é possível reconstruir toda a mama digitalmente através de imagens, com fatias de 1 mm de espessura. Dessa maneira, esse novo método aumenta a sensibilidade para o câncer de mama.

Atualmente, pode-se realizar a tomossíntese associada à mamografia convencional (2D) ou eventualmente à mamografia sintetizada (proveniente da reconstrução das próprias imagens de tomossíntese). As finas imagens tomográficas, de baixa dose da tomossíntese 3D, são obtidas imediatamente antes da realização de cada incidência mamográfica 2D, durante a mesma compressão, e com duração de poucos segundos.

“Após a aquisição, essas imagens da mama, em conjunto com a mamografia 2D, são enviadas para uma estação de trabalho dedicada, com monitores de alta resolução e analisadas. Convém lembrar que existem preocupações sobre o aumento da radiação ionizante utilizada na tomossíntese associada à mamografia convencional (2D), que, de fato, ocorre, porém a dose total empregada fica abaixo dos limites estabelecidos pelo FDA. O FDA determinou que o benefício da tomossíntese combinado com a mamografia supera o aumento da dose de radiação. Dessa forma, o exame é considerado seguro”, finaliza Dra. Caroline Skaf.

Fonte: AI/HCor

 

 

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